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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Amargo

Mas que caso mal contado
esse que tu me proferiu
dizendo que passou por baixo
das linhas da fronteira do Brasil

Me relatas mil maravilhas
e tu nunca me mentiu
parece até encontrastes ouro
mas não vejo onde ele lhe serviu

Pois sabes que sou do Sul
e que gosto do frio
e se eu quiser mudar de clima
me vou lá para as bandas do Rio

Nesse seu primeiro mundo
tu me dizer que mais sorriu
mas dai eu te pergunto
porque voltou e o que tu sentiu

Nem precisas me responder
pois eu vi no teu olhar
as lágrimas dizendo para ti
que esse chão é o teu lugar

Nossa grama pode não ser tão verde
mas não é pintada na parede
nosso mate pode não valer pela safra
mas nos une sempre em brasa

O amigo sempre é bem vindo
mas não se esqueça do nosso trato
podes até trazer o vinho
mas antes dividiremos um amargo

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