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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Filosofia do Nada


Do nada se tem o nada, permanece em nada e se afoga em um mar de nada. Às vezes rezo por um dia para não fazer nada, mas a satisfação deste dia acaba logo depois do almoço. Por mais chato que seja ter um compromisso a cumprir, não se compara ao vazio de ficar sozinho em casa por muito tempo, chega uma hora que trocar os canais de tv incessantemente perde a graça.
Mas uma vez mergulhado em nada é difícil sair, é como areia movediça, alguém precisa jogar uma corda. A mente fica tentando convercer o corpo de que há o que fazer, que o nada é só uma ilusão, parece aquela discussão entre o anjinho e o capetinha que se vê em desenhos animados.
Enfim se chega a mais uma conclusão: dormir cansa! Por mais que se goste de dormir e muitas vezes não se possa dormir o quanto se gostaria, se tiver num dia embriagado de nada e achar que dormir vai curar a ressaca, esqueça, o nada pertuba também o sono.
Contudo o nada é um vício, e depois de alguns dias de rotina, apagam-se as lembranças amargas do nada e ele volta a ser desejado. Mas para mim só até depois do almoço.

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